terça-feira, 29 de novembro de 2011

Os olhos avermelhados e bem acesos no contraposto da nublada paisagem que encobre e ameça a ousadia dos apressados. A dinâmica retórica, nebulosa, das companhias translúcidas passantes, parecem entrar em delírio ou sublimação porque fluem como o líquido das veias em lânguidas jugulares sórdidas do organismo metabólico que é o esguio logradouro da Capital. Como uma trajetória rumo ao centro do interesse afim: o coração pulsante do alimento da alma, a paixão por alguém!!
Uma figueira na esquina do Forte São João como se fosse o guarda-chuva da história que protege os canhões que foram postos ali para defender nosso estado. As potentes armas que poderiam destruir naus ou caravelas de piratas somente dispararam em comemorações e datas de festejos, nunca contra inimigos ameaçadores. Será que eles ficavam com medo de atacar ou realmente o forte não teria esta importância?
A convergência da chuva.
Parece uma figura impressionista. As criaturas vivas inanimadas centralizando o eixo do equilíbrio dos elementos naturais. As criaturas metálicas vagam pelas vias expressas a procura de um eldorado longínquo. A silhueta da cidade desaparecidas no visível infinito de uma história distante. Pessoas passaram pelo estático homem, que sem pressa parece plantar-se a espera de nutrientes que não são de sua classe. Parece que a tempestade altera os sentidos da magalópole litorânea que translouca sangue límpido em forma de ávidas lágrimas puras, potáveis, iguais aos sentimentos que são lavados e enxaguados em ribeira nascente...